Editorial
Tudo gira em torno da economia
Repare, leitor, na capa da edição de quinta-feira do Diário Popular. São oito matérias sendo chamadas. Fora a de Cultura, sobre o Tholl, e a foto principal, sobre a vitória do Brasil sobre o Caxias, todas as outras são com temáticas envolvendo economia. Além das reportagens, há três chamamentos para colunas de opinião. Delas, duas são sobre questões econômicas também. Uma coisa em comum entre todas: o cidadão sentindo o peso de algo no bolso, seja através de impactos nos alimentos e produtos essenciais, seja envolvendo categorias de trabalhadores, que é o caso de três das reportagens.
A principal delas, nossa manchete, fala do reajuste do ICMS que entra em vigor em todo o País após decisão do Confaz e afetará gás de cozinha e combustíveis, o que, consequentemente, afeta todas as outras cadeias que dependem de transporte. Ou seja, tudo. Outra delas, suba no preço da ração essencial em Pelotas. Sobre trabalhadores, são delegados, motoristas e cobradores demandando reajuste salarial. E ainda tem os pescadores, classe sempre tão sofrida e, após toda a questão climática que afetou seus lares no ano passado, as cheias da lagoa indicam baixíssima probabilidade da captura do camarão nas águas da região. De lado bom, a melhoria nas contas do Estado.
Em tudo isso, quem sente no bolso é a população. E parece faltar esse senso nos nossos políticos, cada vez mais, ao enxergarem isso na tomada de decisão. Ao enxergar só números e não gente, muitas vezes esquecem que isso tudo é comida na mesa, transporte, lazer, qualidade de vida. Toda gestão pública deve passar diretamente pelo bem-estar social básico que é ter essas coisas. Decisões de gabinete raramente levam em conta o fator humano. E isso passa por outros pontos, incluindo o meio ambiente que, ao não ser cuidado, gerando desequilíbrios que afetam a produção de alimentos - afetando, mais uma vez, a economia e as pessoas.
Quase tudo anda de mão dada com a economia. Política, meio ambiente, agronegócio e até segurança, saúde e educação. Neste ano de eleições, o cidadão deve ter isso gravado no fundo de sua mente. para não ser pego de surpresa com decisões que não o levem em conta, seja qual for o viés ideológico da candidatura.
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